sábado, 29 de setembro de 2007

Um pouco mais de seriedade, sff.

Confesso que começo a não ter nenhuma compreensão para as mistificações e a demagogia em que o BE se vai banalizando, como esta despropositada reacção contra a concessão da rede rodoviária à empresa pública Estradas de Portugal (EP, SA), que obviamente já gere esse mesma rede, desde sempre.
Como bens do domínio público, as estradas continuarão a ser propriedade do Estado. Como concessionária, a EP verá as suas responsabilidades claramente definidas, sendo essa uma das vantagens da figura da concessão. Mesmo que no futuro a empresa venha a ser parcialmente privatizada (o que, a meu ver, não é aconselhável), nada permite admitir que isso implicasse a transferência do seu controlo para qualquer empresa privada. De qualquer modo, tratar a concessão da rede à EP como se fosse uma entrega da rede rodoviária ao "grupo Melo" é uma especulação tão disparatada quanto infundada.
Adenda
Devo aliás esclarecer que a solução da concessão deveria ser mais genuína, devendo a EP ser remunerada pela efectiva "disponibilidade da rede" (medida pela extensão e pela qualidade das vias), em vez de ser remunerada à cabeça por uma taxa de uso calculada pelo consumo de combustível, como vai suceder.