terça-feira, 2 de março de 2010

Orlando Zapata Tamayo



O dissidente cubano que o regime dos Castros deixou morrer na semana passada na prisão, depois de 85 dias em greve da fome.
Ainda hoje não consigo entender porque não fomos alertados para este caso, porque não agimos no PE a tempo de procurar salvar-lhe a vida (e as intervenções do PE têm salvo muitas).
A morte de Orlando Zapata não pode ter sido em vão: é o que proclamam muitos outros presos políticos que entretanto entraram também em greve da fome, como protesto, nas cadeias castristas de Cuba.
Andou mal o Presidente Lula da Silva por se calar, deixando Raul de Castro, a seu lado, tentar desqualificar o resistente morto.
Andou bem a presidência espanhola da UE ao criticar vigorosamente o regime cubano por esta morte.
Este não é tempo da UE ficar quieta e calada - do mesmo modo que devemos manter a Posição Comum aprovada relativamente a Cuba e continuar a pedir o fim do embargo americano (que forneceu à ditadura castrista o pretexto para continuar a reprimir o povo), não podemos deixar de fazer sentir aos homens e mulheres no poder em Cuba como execramos os métodos indignos e obsoletos a que continuam a recorrer.
Só dessa maneira ajudaremos quem luta pelos direitos humanos e pela democracia em Cuba e só dessa maneira mostraremos solidariedade para com o povo cubano, a quem pertence decidir sobre os destinos do seu país. Por isso já comecei a trabalhar numa resolução sobre a situação dos presos de consciência em Cuba que deverá ser aprovada na próxima semana em plenário do PE.