Segundo o estudo de um centro de investigação londrino, o International Institute for Strategic Studies, a invasão do Iraque aumentou a determinação e a capacitada da Al-Quaeda.
Este resultado foi antecipado mil vezes pelos opositores da guerra. E era tão verosímil, que custa a admitir como é que os adeptos da guerra não o viram. O fundamentalismo e o belicismo cegam. Invadir o Iraque pretensamente em nome da "guerra contra o terrorismo" foi tão enganoso como o pretexto das armas de destruição massiva e há-de ficar na história como uma das maiores e mais mal sucedidas mistificações políticas. Primeiro, o Iraque não estava ligado ao terrorismo, tendo sido transformado em campo privilegiado da sua acção depois da invasão e ocupação, e por causa delas; segundo, a guerra desviou a atenção e recursos da luta contra as redes terroristas, prejudicando gravemente o seu combate; terceiro, a guerra alimentou o recrutamento do terrorismo islâmico e reforçou a sua motivação contra o Ocidente; quarto, ao alinhar na guerra a Europa tornou-se um alvo preferencial para o terrorismo internacional, tanto mais que é mais vulnerável do que os Estados Unidos.
Chegou a altura de pedir contas aos autores deste desastre e aos seus seguidores. A começar pelas urnas eleitorais. Os espanhóis já indicaram o caminho...