Compreende-se que um governo minoritário, que dispõe de um apoio problemático e imprevisível no parlamento, aproveite o esteio amistoso agora disponível no Palácio de Belém. Mas convém não exagerar. Por um lado, os apoios criam dependências e o vento em Belém pode mudar de direção; por outro lado, importa
preservar a autonomia do Governo perante o Presidente da República (e vice-versa), por razões políticas e constitucionais.