Nesta entrevista, o líder da Fenprof - portanto, um professor senior - diz, logo no início, que
«nos últimos anos, Portugal teve as gerações melhor qualificadas,
muitas vezes mal tratadas cá, mas muito bem aceites no estrangeiro». Ora, segundo a norma erudita da língua, a versão correta das palavras destacadas deveria ser
«mais bem qualificadas», por o comparativo adverbial preceder o verbo no particípio.
Infelizmente, tal erro é hoje cada vez mais corrente no linguajar de políticos, comentadores e jornalistas, mesmo em jornais de referência, atropelando a norma. Mas não devia ser esse o caso dos professores. Se a escola despreza a norma erudita da língua, como esperar que os alunos falem bom português?