Infelizmente, tal erro é hoje cada vez mais corrente no linguajar de políticos, comentadores e jornalistas, mesmo em jornais de referência, atropelando a norma. Mas não devia ser esse o caso dos professores. Se a escola despreza a norma erudita da língua, como esperar que os alunos falem bom português?
Blogue fundado em 22 de Novembro de 2003 por Ana Gomes, Jorge Wemans, Luís Filipe Borges, Luís Nazaré, Luís Osório, Maria Manuel Leitão Marques, Vicente Jorge Silva e Vital Moreira
sexta-feira, 16 de setembro de 2022
Pobre língua (23): Quando os professores dão o mau exemplo
Publicado por
Vital Moreira
Nesta entrevista, o líder da Fenprof - portanto, um professor senior - diz, logo no início, que «nos últimos anos, Portugal teve as gerações melhor qualificadas, muitas vezes mal tratadas cá, mas muito bem aceites no estrangeiro». Ora, segundo a norma erudita da língua, a versão correta das palavras destacadas deveria ser «mais bem qualificadas», por o comparativo adverbial preceder o verbo no particípio.