domingo, 6 de fevereiro de 2005

Favoritismo

A RTP é uma televisão pública com estritas obrigações constitucionais e legais de pluralismo político e isenção partidária. Marcelo Rebelo de Sousa é um militante partidário no activo, preside a uma assembleia municipal pelo seu partido e participou já na presente disputa eleitoral num comício partidário. Por isso, a contratação do "político-comentador" pela RTP para um tempo de antena privilegiado, a solo, sem contrapartida equivalente para outras áreas políticas, configura um caso de violação dos deveres de isenção e imparcialidade partidária da estação pública (como aqui já se referiu anteriormente). Basta imaginar a sua intervenção na campanha das eleições presidenciais, que não tardam aí...
Dado o relevo político da questão, não seria caso de a AACS se ocupar dela e esclarecer o assunto?
(revisto)