A Autoridade Tributária e Aduaneira tem nada mais nada menos do que 12 subdirectores-gerais, mais 4 directores equiparados a subdirectores-gerais e 34 directores de serviços. Tive que ler a nova orgânica no Diário da República para acreditar. É certo que reuniu numa só Direcção, a DGCI, a DGAEC (alfândegas) e a DGITA (informática dos impostos), ou seja absorveu duas direcções-gerais mais pequenas. Justificar-se-ia assim, admito, uma excepção à anteriormente prometida eliminação do cargo de sub-director geral, se bem ouvi, para acabar com as "gorduras". Digamos até, para ser justa, justificava-se mais do que um sub-director. Mas daí até 12+4 vai uma grande distância. Com que autoridade impõe o Ministro das Finanças restrições e cortes na despesa aos restantes colegas de Governo, às autarquias, a todos os funcionários públicos se dentro do seu Ministério se trata com esta enorme “generosidade”?
Se há qualquer outra explicação, temos direito, no mínimo, a conhecê-la. O facto de cobrarem os nossos impostos não lhes dá direito de os gastarem com estes privilégios!