Como era de esperar, a UE não aceita o cambalacho entre Sharon e Bush sobre a questão palestiniana, pelo qual o segundo -- à margem de qualquer acordo com os demais patrocinadores do “roteiro para a paz” na Palestina, nomeadamente a UE -- aprovou entusiasticamente o plano do primeiro para abandonar a faixa de Gaza mas a troco da anexação da maior parte do território ocupado da Cisjordânia onde estão instalados os (ilegais) colonatos judaicos.
Javier Solana, o chefe da política externa da União, declarou que esta não aceita nenhuma alteração das fronteiras de 1967, à data da ocupação, a não ser que resulte de acordo entre as duas partes.
Resta saber que providências é que a UE conta tomar contra esta deliberada afronta norte-americana, em que os Estados Unidos sacrificaram unilateralmente a solidariedade com os demais parceiros e os interesses da paz na Palestina em função dos interesses do seu dilecto aliado, Israel.
Vai ser também interessante saber a posição do exército de comentadores que normalmente alinham entre nós com as posições da política externa de Bush. Não é de excluir que mais uma vez optem por Washington contra a Europa...