A ponte chamava-se Europa.
Até poderíamos pensar que teria sido mais simpático baptizá-la de Boavista (que é o nome do local onde foi feita). Mas Europa (nome curto como convém para ponte) foi o nome escolhido a devido tempo por quem tinha o direito de o escolher. Eis que a construção se atrasa, chegam as eleições e altera-se a maioria. Depresssinha, há que limpar o passado onde quer que ele se insinue. Mude-se o nome à ponte! No meio da devoção e sem muita imaginação, chama-se-lhe Rainha Santa Isabel. Nem sequer discuto o nome. Não é isso que está em causa. O que me incomoda é o procedimento pouco democrático.
Ouso mesmo pensar que foi promessa.
Não é que o mesmo Presidente resolveu também entregar a magnífica sala de exposições da Câmara Municipal de Coimbra (designada por refeitório dos crúzios) à Igreja de Santa Cruz, recuando aos tempos anteriores à revolução liberal? Que mais terá ele prometido? Promessas, cá por mim, pode fazer as que quiser, mas de preferência à custa do seu património e não do nosso.