quarta-feira, 4 de agosto de 2004

O avô Jorge Luís Borges

Hei-de ouvir esta piadinha para sempre. Tem várias variações: podem chamar-me simplesmente "Jorge Luís", podem tratar-me por "Borges II", dizer que tenho "uma pesada herança", ou gracejar sobre o meu "avô". Pior ainda, gosto do argentino. Antes de começar a ler, a única coisa que conhecia e apreciava da Argentina era a Gabriela Sabatini. Sim, salivem à vontade os que se recordam. Mas depois surgiu o caga-olho genial que escreveu sobre tudo. Contudo existe uma vantagem na semelhança dos nomes. Sempre que uma relação está na corda bamba, faço o teste fatal. Levo a "cara-metade" a uma livraria, procuro um dos 1500 livros de JLB e digo, entre o mórbido e o canastrão blasé:
- Ah!, cá está o livro do meu avô...
Sei que está tudo acabado quando ela responde, interessada:
- A sério?!