Passei mais uma vez pelas obras de alargamento da auto-estrada Lisboa-Porto, nos troços a norte de Aveiras, a que a Brisa está a proceder, aliás com muito atraso em relação às obrigações do contrato de concessão. Começaram agora a eliminar a primitiva faixa separadora central, como fizeram nos alargamentos anteriores (Lisboa-Aveiras). Vão desaparecer milhares de aloendros, para conquistar dois metros, reduzindo assim o espaço a alargar para os lados. As faixas de rodagem vão ficar sem espaço verde entre elas, apenas com um muro de betão a separá-las. Juntamente com os belos aloendros desaparece também a cortina que estabelecia uma separação visual e aliviava sobretudo o incómodo da condução nocturna. Um atentado à paisagem e à segurança da condução.
Será que a concessionária tem liberdade para proceder como lhe aprouver, sacrificando o espaço separador central? O Estado concedente não pode impedir esta solução? As associações ambientalistas não protestam?