quarta-feira, 6 de outubro de 2004

O caso MRS: outras opiniões

1. «Há quatro ou cinco anos que o Prof MRS vem usando a TVI para os tempos de antena do PSD e da coligação de direita, sem quaisquer problemas.
Não sendo adepto da "Missa das 7", como carinhosamente é chamada a homilia do Prof por toda a direita e alguma esquerda, achava que muitas vezes o que respingava dos comentários deste, era uma enorme desonestidade intelectual, acompanhada de nervosos esgares quando era mais difícil de a fazer engolir... Mas estava no seu papel de ex-dirigente partidário e actual militante de um partido.
(...) Agora que resolveu preparar uma fuga para a frente, no caso de uma mais que provavel queda deste "Governo dos Famosos", para poder mostrar que afinal é isento, a sua (dele) direita junta-se para lhe fazer aquilo que sempre fez a todos os adversários: tentar silenciá-lo. E nós, aqui d'el rei, que estão a calar uma voz impoluta, e assim e assado. Estamos tolos, é o que é. É só a direita na sua faceta mais divertida: a antropofagia...
Por este andar, ainda vou ver toda a gente a protestar que a rádio e TV não estão a passar música pimba. Que isso também é impedir a liberdade de expressão.»

(José Rodrigues)

2. «Lembranças do "botas". Eu já não tinha memória de um governo que precisasse de comprar e/ou censurar as vozes discordantes para que estas não expressem livremente a sua opinião. Voltámos assim a tempos da outra senhora, mas com líderes mais estúpidos e com uma tremenda falta de cultura e de educação.
Como sempre quem pagará será o povo português.»

(Cristiano Almeida)

3. «"Censuras" destas, quem me dera a mim! Nunca MRS teve tanta audiência, foi tão ouvido como agora.
Falem de estupidez, de falta de senso, de masoquismo, do que quiserem. Mas de "censura"?! Alguém tem a ilusão de que MRS vai ser silenciado se quiser falar? E que o que disser não vai chegar imediatamente ao país todo?
Tanta falta de senso tem Rui Gomes da Silva como quem fala de "censura" em relação a MRS.»

(T. A. Fernandes)

4. «(...) Está meio mundo a perguntar o que terá acontecido para Marcelo Rebelo de Sousa abandonar o seu espaço aos domingos, quando o próprio o disse claramente na declaração à Lusa. A única pergunta que falta responder e sobre a qual apenas podemos especular, é precisamente a sequência de acontecimentos que levou o proprietário da estação televisiva a "convocar" a tal reunião: "O que que o Governo teve a ver com isso?".
As declarações de responsáveis governamentais esta quarta-feira têm sido, como tem sido habitual, desastrosas e/ou delirantes. (...)»

(Miguel Antunes)