Correspondendo, embora com meses de atraso, aos protestos dos sectores católicos mais ortodoxos contra a realização de uma cerimónia maçónica na Basílica da Estrela, por ocasião do funeral do falecido presidente do Tribunal Constitucional, Luís Nunes de Almeida, o cardeal-patriarca de Lisboa veio agora reafirmar publicamente a incompatibilidade entre o catolicismo e a maçonaria (sem distinção dos ramos desta). É o triunfo da doutrina tradicional do Vaticano, contrariando assim as tentativas de pacificação da hostilidade histórica entre as duas organizações. Resta saber se as correntes maçónicas nacionais, a começar pela mais influente, o Grande Oriente Lusitano (GOL), a que pertencia Nunes de Almeida, vão reagir a esta "declaração de guerra" do chefe da hierarquia católica entre nós.
Adenda
O grão-mestre do GOL, António Arnaut, responde ao cardeal-patriarca.