Jerónimo de Sousa defendeu que, tendo as eleições dado uma grande maioria parlamentar aos partidos contrários à punição penal do aborto (PS+PCP+BE), a despenalização deveria ser feita pelo próprio parlamento, dispensando o referendo. Não lhe terá ocorrido, porém, que igual raciocínio se poderia fazer, por maioria de razão, em relação à aprovação da Constituição europeia, que dispõe de uma esmagadora maioria na AR a favor (PS+PSD+CDS). Mas o PCP defende este outro referendo com todo o entusiasmo. A diferença está em que o PCP está contra a Constituição europeia, pelo que lhe não convém a aprovação parlamentar, que no caso da despenalização do aborto acha suficiente...
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