O prof. Manuel Porto volta hoje no Público a defender o desenho do "T deitado" para o traçado das linhas do TGV no triângulo Lisbo-Porto-Madrid, articulando a linha norte-sul com a ligação a Madrid no nó do Entroncamento, facilitanto desse modo o acesso do Centro e do Norte do País à capital espanhola, sem prejudicar Lisboa. Um dos argumentos principais é a poupança financeira dessa solução.
Entretanto, o que surpreende na questão do TGV é continuar-se oficialmente a tomar como válida a ficção megalómana da rede desenhada na cimeira luso-espanhola da Figueira da Foz, incluindo linhas cuja viabilidade financeira está posta de parte, como Porto-Vigo, Aveiro-Salamanca e Lisboa-Faro-Huelva. Entretanto, as duas únicas ligações (talvez) viáveis (Lisboa-Porto e Lisboa-Madrid) continuam ainda à espera de definição de traçado.
À portuguesa: grandes projectos, nula realização...