«A "estória" da limpeza das florestas faz-me lembrar duas outras.
Primeira: no Verão de 2003, em plena crise dos fogos florestais, houve quem tivesse sido objecto de processos de contra-ordenação por tentar, tarde (porque o deveria ter feito no fim do Inverno ou na primavera), limpar as matas e evitar males maiores;
Segunda: aqui há anos um produtor obteve subsídio para plantação de pinhal numa, então, área de paisagem protegida; passados uns dias, voltou a falar com o presidente da comissão directiva, nos seguintes termos: "tenho uma dúvida; os senhores pagam a plantação mas, quando for preciso limpar, quem é que paga (...)"?
PS: Porque será que onde os meios aéreos de combate a incêndios são públicos as áreas ardidas e o número de fogos de grande dimensão é muito menor do que em Portugal?»
Manuel Piteira
Comentário
Não sei se existe uma correlação positiva entre meios de combate aéreo públicos e menos fogos. Se tais meios se puderem alugar, qual é a diferença? Parece-me infundado o argumento de que assim os operadores desses meios podem estar interessados em ser menos eficientes, para poderem cobrar mais tempo de serviço. O mais provável é que a nossa floresta seja mais combustível do que a dos demais países.