Depois do escândalo das turbopensões e megapensões de alguns gestores de empresas públicas e das notícias sobre as suas elevadas remunerações e regalias acessórias, o Governo não podia tardar em estabelecer novas regras nessa área. As medidas hoje tomadas -- obrigatoriedade de publicação pelas empresas de todas remunerações e regalias existentes e forte limitação das pensões e outras regalias -- vão no bom sentido da transparência e da morigeração.
Nisto o principal não é a poupança de gastos que assim se obtém, mas antes uma questão de moralidade e responsabilidade no sector empresarial do Estado. O mínimo que se deve exigir é que idênticas regras, a começar pela transparência, sejam aplicáveis igualmente ao sector empresarial das regiões autónomas e dos municípios.