«A Conferência Episcopal Portuguesa considera inoportuna a realização entre eleições do referendo sobre a despenalização da interrupção voluntária da gravidez. Segundo os bispos, a consulta deveria realizar-se em 2006. Não entrando em considerações sobre a realização referendo entre eleições (apesar de não perceber qual é o problema), considero a posição dos bispos absolutamente incoerente. Então, para eles, o aborto não é um homicídio? Não está ali uma vida? Se assim é, como podem eles pretender a realização de um referendo em 2006? Eu sou favorável à realização do referendo porque não equiparo o feto a um bebé. Se equiparasse, era contra. Não passa pela cabeça de ninguém referendar a despenalização do homicídio, pois não?»
Carlos Azevedo