Está na ABA DA CAUSA um artigo que escrevi para a edição de hoje do COURRIER INTERNACIONAL: «Médio Oriente: novo, talvez. Mas melhor?». E que foi escrito na segunda feira passada, quando a Sra. Rice começava o périplo pelo Médio Oriente e havia alguma esperança que a conferência de Roma acelerasse o cessar fogo e portanto também o retorno a negociações políticas.
De então para cá verificou-se que Israel subestimou as capacidades militares do Hezbollah. E a demora na desarticulção militar do Hezbollah já é uma alarmante derrota política para Israel.
Por outro lado, por todo o mundo islâmico, e no Médio Oriente em particular, cresce o apoio popular ao Hezbollah. E a Al Qaeda não podia deixar de vir a terreiro - o terrorismo internacional soma e segue, como eu noto no meu artigo:
«Enfim, do sofrimento obsceno dos inocentes nesta guerra talvez venha a brotar, a prazo, algum bom senso. Mas, o afluxo de jovens em todo o mundo islâmico (incluindo na Indonésia, de onde escrevo) a engrossar as fileiras da «jihad» por causa das imagens de Gaza e do Líbano, demonstra ominosamente que quem, para já, esfrega as mãos de contentamento é a Al Qaeda».
Os fanáticos da Al Qaeda serão sunitas e rivais furiosos do xiita Hezbollah. Mas por isso mesmo, não se podem ficar atrás, deixando que o rival apareça a liderar o combate contra Israel e o Ocidente. Esperemos pelo que a Al Qaeda vai tratar de nos arranjar, algures no mundo...