O Governo acaba de criar duas empresas públicas para prestar serviços à própria Administração Pública: (i) uma para gerir as compras públicas, bem como a frota automóvel do Estado; (ii) outra para a prestação de serviços partilhados à Administração nos domínios da gestão de recursos humanos e financeiros (por exemplo, serviços de contabilidade). Com isso ganha-se em eficiência, criando "mecanismos de tipo mercado" dentro da própria esfera administrativa, sendo as empresas remuneradas pelos serviços prestados aos diferentes ministérios.
Falta porém uma empresa dedicada à gestão do parque de instalações da Administração pública, o que proporcionaria um instrumento de maior racionalidade na ocupação dos espaços pelos serviços administrativos, os quais teriam de começar a pagar renda por eles, em função da área ocupada e demais características.
A reforma do Estado passa decididamente pelo recurso a mecanismos empresariais e pela imputação a cada serviço administrativo de todos os custos em que ele incorre.