«Mas a tendência para usar a moral, geralmente associada à religião, como arma política é uma constante na estratégia conservadora. Ela existe entre os conservadores americanos, mas também entre alguns conservadores portugueses. Todos nos recordamos das ocasiões em que Paulo Portas ou Bagão Félix, por exemplo, fizeram alarde dos seus princípios morais e religiosos como arma política. Estes e outros conservadores gostam especialmente de proclamar a sua fidelidade aos valores morais, de ser filmados na igreja, etc. Pela minha parte, desconfio. Aqueles que usam a bandeira da fé e dos bons costumes na arena política são, em geral, os piores: os mais calculistas e os mais impiedosos.»
(João Cardoso Rosas, "Moralismo e Conservadorismo", Diário Económico de hoje)