O que sobressai na história do senador Republicano Larry Craig, que acaba de se demitir do Senado norte-americano depois de conhecido publicamente o episódio da tentativa de contacto sexual com outro homem no mictório de um aeroporto, é a extraordinária contradição entre essa conduta e o seu moralismo ultraconservardor e reaccionário enquanto político, contrário aos casamentos gay, às políticas de combate à discriminação de género, etc. Entre outras coisas, o ex-senador Craig foi um dos mais severos críticos do ex-presidente Clinton no caso Lewinski, por "conduta imoral."
Há um nome para isso: hipocrisia. E há uma lição a tirar: nada mais imoral do que a imoralidade dos moralistas.