A UE acerta quando se propõe liderar a luta contra o aquecimento global através de uma "economia de baixo carbono". Por isso, é crucial o plano dos "três 20%", que se discute na cimeira europeia de Bruxelas (menos 20% de emissões de CO2, pelo menos 20% de energias renováveis, 20% de ganhos de eficiência energética no horizonte de 2020).
Mas o sucesso deste meritório plano perante a opinião pública depende de duas coisas essenciais, em especial numa época de crise económica: (i) que a aposta numa economia de baixo carbono não é um custo mas sim um investimento, capaz de gerar crescimento e emprego no futuro; (ii) que a UE fará desta questão um ponto essencial da sua estratégia política, pressionando um acordo à escala mundial (incluindo os Estados Unidos, a China e a Índia), de modo a estabelecer objectivos e esforços comuns na luta pela sustentabilidade do planeta.