segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Freeport (1)

Um dos mais desonestos argumentos no caso Freeport respeita a uma suposta celeridade anormal na concessão da declaração de conformidade ambiental que finalmente permitiu a construção do empreendimento
De facto, se os serviços competentes já conheciam o processo em todos os seus pormenores desde há muito, dado que o estudo de impacto ambiental do promotor tinha sido recusado duas vezes; se, à terceira vez, o promotor se conformou inteiramente com as objecções que tinham motivado os "chumbos" anteriores e com as condições postas (incluindo uma grande redução do projecto); então há que concluir que a demora adicional de dois meses para verificar isso não é "anormalmente célere", mas sim excessivamente lenta (sobretudo tendo em conta a grande duração que o processo já levava acumulada e a enorme importância desse investimento estrangeiro, em termos de dinamização económica local e de criação de emprego)!
Custa a crer como é que imprensa séria continua a bater nesta tecla, ainda por cima sonegando a informação relativa à demora global do processo (2 anos) e às alterações feitas ao projecto, em consonância com as exigências ambientais feitas ao promotor.