Num documento cuja genuinidade ninguém contesta e que ninguém desmentiu, relata-se que um eminente assessor de Belém disse que foi a mando do próprio Presidente que tentou (e conseguiu!) vender ao "Público" a inconcebível história da "espionagem" do Governo sobre a Presidência da República (que nenhum facto veio consubstanciar).
Ora, vários dias depois da divulgação dessa gravíssima declaração, ninguém até agora interrompeu o ruidoso silêncio de Cavaco Silva para lhe fazer esta elementar pergunta: é verdadeira a imputação do assessor?
É o "respeitinho" ou a "asfixia democrática" que justifica a inibição dos jornalistas? Se algo de semelhante se passasse com Sócrates, quem é que duvida de que a pergunta seria feita tantas vezes quantas as necessárias para obter um esclarecimento cabal da situação?