O Presidente do Parlamento Europeu, Jerzy Buzek, fez, no passado dia 2 de Fevereiro, na abertura da sessão plenária do PE em Bruxelas, uma declaração de reconhecimento do genocídio dos ciganos (ou Roma, roms, romanis, entre outras designações) durante a Segunda Guerra Mundial.
Tratou-se de uma declaração de grande solenidade e significado, até porque que muitos Estados Membros da UE ainda não reconheceram o genocídio de que foram vítimas os ciganos pelo regime de Hitler. Foi um momento histórico para os milhões de ciganos europeus, nomeadamente para aqueles que sobreviveram ou cujos familiares foram assassinados pelos nazis.
Estamos a falar da maior e mais antiga minoria étnica europeia (composta, calcula-se, por doze milhões de pessoas), que ainda hoje continua a ser estigmatizada e discriminada.
O reconhecimento do sofrimento cruel dos ciganos é também o reconhecimento do passado trágico da Europa - a que não queremos voltar e por isso temos de continuar a construir a União Europeia e batalhar para que ela se baseie consequentemente nos direitos humanos. E é um primeiro passo para as instituições europeias, todos os governos e cidadãos europeus assumirem as suas responsabilidades no que respeita à plena integração social da comunidade cigana nos Estados Membros, incluindo o direito dos seus membros à livre circulação na UE.