Num Conselho Superior extraordinário, esta manhã, na ANTENA UM, sobre a ajuda financeira que Portugal ontem acabou por pedir, dei a mão à palmatória por ter aqui escrito que "os banqueiros não mandam!".
A reviravolta de ontem mostra que aqueles que elegemos para mandar, no governo ou na oposição, não conseguem resistir e acabam por andar, afinal, a toque de caixa dos banqueiros. O PSD foi instrumento, com a ganância pelo poder a precipitar a crise política que nos atirou para este abismo. O PS acabou por ceder. Pelo interesse nacional.
Pobre interesse nacional!
A "financeirização" da "economia de casino" que prevalece à escala nacional, europeia e global não implica apenas a desconexão entre a actividade financeira e a economia real: implica a captura da Política. Para que o lucro conte muito mais do que as pessoas e os lucros obscenos de alguns se façam à custa de muitos, afundando empresas ou países.
Os banqueiros afinal mandam! Indevidamente. Anti-democraticamente.
Enquanto deixarmos.
Precisamos de uma revolução. Na Europa, só em Portugal não chega.