Não regressava a Varsóvia há mais de trinta anos, onde vim pela primeira vez numa delegação parlamentar oficial, tal como agora (então pela AR, agora pelo Parlamento Europeu). É a única capital do antigo mundo comunista que conheci antes do fim deste e que portanto posso comparar.
Reencontrei a mesma cidade cuidada e acolhedora, com o seu centro histórico já nessa altura meticulosamente reerguido da bárbara destruição nazi, as suas artérias repletas de arquitetura maneirisra, barroca e neoclássica, as suas numerosas igrejas dos mesmos estilos, os seus palácios áulicos no meio de enormes parques com fontes e lagos, mas também a pesada arquitectura do período comunista, a começar pelo indescritível Palácio da Cultura e da Ciência, em genuíno monumentalismo estalinista, edificado nos anos 50.
Mas as diferenças destas três décadas são enormes e não se limitam aos automóveias e painéis publicitários, aos restaurantes, cafés e esplanadas, aos hotéis das cadeias internacionais e aos numerosos bancos, aos estabelecimemtos comercias das marcas de luxo italianas e francesas, aos arrnaha-céus que no centro da cidade desafiam em altura a referida torre da era comunista.
O que impressiona é o ritmo esfusiante da cidade, a pujança económica que o sucesso da transição para a economia de mercado e a adesão à UE proporcionaram e o cosmopolitismo que se detecta no turismo, nos negócios e na vida política e cultural.
Decididamente, um outro país no espaço de uma geração.