Como era fácil de antecipar, nas suas previsões da primavera para o corrente ano a Comissão Europeia apresenta projeções bem menos positivas do que as do recente Plano de Estabilidade do Governo quanto ao crescimento da economia (1,5 % em vez de 1,8%), quanto ao défice nominal (2,7% em vez de 2,2%) e quanto ao défice estrutural (agravamento em vez da necessária redução). A divergência repete-se quanto às previsões do ano que vem.
Para já, são só previsões. Mas as da Comissão Europeia têm consequências, desde logo quanto à avaliação do referido Plano de Estabilidade em Bruxelas e, depois - se a execução orçamental confirmar as previsões da Comissão -, quanto à necessidade de implementar as "medidas adicionais" para corrigir o orçamento deste ano.
Adenda
Se se viessem a realizar as previsões da Comissão, elas também teriam obviamente um reflexo negativo na previsão da dívida pública e do emprego. Por isso, não podem ser encaradas de ânimo leve...