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Morreu Marlon Brando. Lembrá-lo-ei sempre pela sua notável declamação do discurso de Marco António aos cidadãos romanos depois do assassínio de César no filme
Júlio César (1953), que vi uma meia dúzia de vezes em virtude da minha adoração juvenil por Shakespeare. Desde então até ao estupendo
O Padrinho, passando por
Um Eléctrico Chamado Desejo, pela
Revolta na Bounty, pelo
Há Lodo no Cais e pelo
Apocalypse Now, para citar só os filmes que mais me impressionaram, nunca mais deixei de o admirar na sua portentosa carreira de actor, a que a juntou a sua tumultuosa história pessoal feita de rebeldia e provocação às convenções, bem como uma meritória entrega a causas cívicas (designadamente a defesa dos direitos dos índios norte-americanos). Ele está entre os meus heróis.