O episódio da deputada do PCP que recusou acatar a decisão do partido de dispensá-la do grupo parlamentar mostra duas coisas: (i) que o PCP não muda o seu entendimento acerca da livre disposição dos seus deputados, sem nenhuma consideração pela sua autonomia e pela sua situação pessoal ("centralismo democrático" oblige...); (ii) que, apesar do compromisso político assumido pelos deputados comunistas para com o partido, a autoridade deste já não é o que era, pelo menos em relação aos deputados. São Bento vale bem uma infidelidade partidária!
A ironia da estória está em que a recusa vem de uma deputada super-ortodoxa, subitamente transformada em "vítima" do Partido (com a prestimosa cooperação dos media)...