domingo, 25 de janeiro de 2004

A morte anunciada do "spam"

Bill Gates anunciou ontem em Davos que o spam, a publicidade electrónica indesejada, enviada por e-mail, passará à história no próximo ano. Boa notícia para quem, como eu, começa o dia limpar o correio (e ai do dia em que a limpeza não é feita e o lixo se acumula). E na pressa de me livrar de tarefa tão ingrata, por vezes, lá deixo ir juntamente com o lixo uma mensagem cujo destino deveria ser de todo outro. O incómodo que ele causa a tantos utlizadores da rede suscitou a criação de software de filtragem, para já não totalmente eficaz, e de grupos anti-spam. Mas o spam é inventivo, ultrapassa as barreiras, e muitas vezes aparece travestido de mensagem importante. Mesmo assim, confesso, que não me agrada uma das propostas do senhor da Microsoft. Como refere o Diário Digital, «Gates acredita que a grande arma seria o equivalente a um selo digital, conhecido como "pagamento por conta e risco". Esta medida obrigaria quem envia o e-mail a pagar, caso o correio fosse rejeitado como sendo spam». Cheira-me a grande confusão; temo que o justo vá pagar pelo pecador!

Maria Manuel Leitão Marques