De uma assentada passámos a ter mais umas dezenas de milhões de concidadãos – refiro-me à cidadania europeia, bem entendido, desde agora acrescentada por mais dez cidadanias nacionais. É uma revolução na UE e na Europa em geral a entrada deste grupo de países do leste e do sul do continente, ampliando consideravelmente o território, a população e os recursso da UE, mas também aumentando a sua diversidade e heterogeneidade. Mais força à custa de menos coesão?
Sendo a maior parte deles antigos membros do antigo bloco “socialista”, incluindo três Estados da ex-União Soviética, também eles vêem abrir-se-lhes a porta da UE, catorze anos depois da transição democrática – um pouco mais do que Portugal, que demorou 12 anos. Tirando os “outsiders” por opção (Suíça e Noruega), a vocação de todos as democracias europeias é a entrada na UE. Chamar "Europa" à UE é cada vez menos uma sinédoque.