«No Público de há dias, uns iluminados (com responsabilidades)lembraram-se da necessidade de criar "quotas para homens" em Medicina. Como seres inferiores, incapazes de estudar, de se concentrar, enfim, de trabalhar para os objectivos de vida que têm, os homens precisam de ser protegidos!!! Só falta saber, para quando é que vão começar a defender quotas PARA MULHERES nos cursos de engenharia !!!!! É que no meu curso de engenharia electrotécnica e de computadores, a percentagem de mulheres é menos de 10%. Ninguém se preocupa com isso???? E já agora, os políticos acham uma ideia tão infame a criação de quotas para mulheres nos lugares onde se decide a vida da Nação, como é que vão descalçar a bota da incongruência??? Afinal é lícito criar quotas para proteger os pobres incapacitados homens, e não é preciso insultar as mulheres ao criar quotas para elas?
Quanto à desculpa esfarrapada da maternidade, só vai acabar quando os HOMENS impuserem direitos iguais - ou seja, quando eles tiverem direito a uma licença de paternidade igual à da mãe, a ser gozada AO MESMO TEMPO que a da mãe. Entretanto continuaremos a ouvir comentários idiotas de machos latinos cujo maior problema é complexo de inferioridade e, ao mesmo tempo, conseguirem reconhecer o valor das mulheres ser tanto que é muito difícil passar-lhes à frente sem lhes pregar uma rasteira.
Gostava que mais alguém se indignasse... »
(Cristina Margarido)