Num país que sofre de défice de cultura científica, em que passamos a vida a pregar a importância do rigor como condição para os bons resultados, na escola ou na economia, nada melhor do que esta febre da "pata de coelho" que nos invadiu nos últimas dias a propósito do Euro 2004. É o presidente da federação de futebol que não vai aos jogos para não dar azar ou o futuro ex-primeiro-ministro que não larga a gravata das riscas que dá sorte à selecção. (Hoje mesmo confessou: «só perdeu quando não a pus»!!!). Lá que guardassem a pata no bolso do casaco, seria um mal menor. Vir exibi-la para a televisão, cheios de orgulho, como se fossem iluminados sabe-se lá por quem, já me parece demais.
Maria Manuel Leitão Marques