O aspirante a ditador russo (ou já ditador efectivo, conforme se queira), Vladimir Putin, apostou na vitória de Bush como a demonstração de que os americanos recusam ser intimidados pelo terrorismo internacional. Sendo Putin um consumado mestre da intimidação, percebe-se a sua cumplicidade com o reeleito Presidente americano. É a política do medo que junta agora, no mesmo lado da barricada, os antigos inimigos da Guerra Fria. O terrorismo tornou-se o argumento por excelência para justificar as derivas antidemocráticas legitimadas pelo voto popular. Onde é que já vimos isto?
Vicente Jorge Silva