Nunca como desta vez o mundo esteve tão atento ao resultado das eleições americanas. Não me lembro de tantas sondagens em países e continentes que não votam. Não me lembro de tanto interesse, nem de tanta discussão sobre os efeitos da vitória de republicanos ou de democratas, de tanto tempo de televisão e de tanta atenção de todos nós.
Finalmente, o resultado esperado não foi o desejado por muitos de nós europeus e por bastantes americanos. Eu que gosto dos EUA (do lado dos EUA que eu conheço), que elogio muitas vezes a sua criatividade, o seu pragmatismo (que torna as suas instituições tão funcionais), um certo informalismo próprio das sociedades novas, a abertura de muitos dos seu investigadores e professores a ideias diferentes e a capacidade de as acolher nas suas próprias instituições só me resta desejar que a América mantenha estas suas características, que não ceda à intolerância, ao fanatismo religioso, que veja na diferença uma vantagem e não um obstáculo.