Luís Nazaré,no Jornal de Negócios de hoje, toca num ponto crucial: que as promessas próprias de ambiente eleitoral não deitem por água abaixo o que de aproveitável tivemos nestes últimos anos de governação (não nestes meses, visto que algumas das medidas referidas vieram do consulado Barroso).
Cito a necessidade de encetar reformas na saúde que mantenham um serviço público de qualidade, mas financeiramente sustentável; uma lei do arrendamento que estimule o mercado de arrendamento para a habitação (além do mais, uma condição indispensável para travar o endividamento das famílias) e que contribua para a modernização do comércio independente (uma condição também incontornável para a sua sobrevivência e competitividade relativamente aos grandes espaços comerciais); o pagamento de alguns serviços, no caso as portagens, pelos seus utilizadores; e algumas medidas (de eficácia ainda não comprovada) para combater a fraude fiscal.