A Goldman Sachs não tem só Presidentes.
Tem dezenas de Vice-Presidentes. Fora os que já teve.
Um deles foi o inefável Dr. António Borges, guru do PSD para a economia e finanças.
Que hoje é membro da European Corporate Governance Forum, um organismo - vejam lá - estabelecido pela Comissão do Dr. Barroso supostamente para zelar pelas boas práticas financeiras nos Estados membros da UE!!!... (lá sentido de humor têm eles, esta de porem raposas a guardar os galinheiros, dá no que deu - toparam eles que a crise vinha lá? actuaram eles para prevenir, para a travar? ....) .
Já se percebeu: o Dr. António Borges deixou a Goldman Sachs, à semelhança dos seus patrões americanos, e trata agora de influir mais na governação em que pode influir – a portuguesa, concretamente.
Recorde-se a ajuda que este guru da finança terá prestado à Dra. Manuela Ferreira Leite, quando era Ministra das Finanças do governo Durão Barroso-Portas, a inventar a a solução de vender por conta os créditos fiscais do Estado ao CityGroup. Uma solução desastrosa para o erário público – isto é, para os contribuintes portugueses, que mesmo sem o saber, estão ainda hoje a pagá-la com língua de palmo.
Não espantaria, assim, se tivesse sido o guru Borges de novo a inspirar a líder do PSD a vir ontem espadeirar contra o Primeiro Ministro por tentar tranquilizar os portugueses quanto às suas poupanças, garantindo a “boa resistência” da banca portuguesa (bem pode, bem pode garantir, que a malta tende a acreditar pouco...).
Quanto ao fundo da questão, as razões da crise, a Dra. Manuela nada disse – pudera, pois se o tempo dela no governo foi um ver-se-te-avias na desregulação e no afrouxamento da supervisão do Estado sobre a banca e não só. Por inspiração de gurus como o Dr. Borges e não só...
Quanto a soluções para a crise, a líder do PSD entrou muda e saiu calada: pois se a sua sabedoria financeira, como se viu quando estava no governo e sob a inspiração iluminada da Goldman Sachs via Dr. Borges, se confina a determinar a que prego se hão de ir empenhar os anéis. E de anéis estão os pregos cheios, nos dias de crise que correm....