sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Livres & Iguais (21): Os direitos humanos vão à escola

1. Eis um dos meus mais queridos projetos das comemorações dos 70 anos da Declaração Universal de Direitos Humanos (1948), que tenho a honra de comisssariar: um livro sobre direitos humanos para crianças, da autoria de duas superconsagradas autoras, Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, com ilustrações de Ana Seixas, que acaba de sair do prelo da Imprensa Nacional.
Além de preencher uma lacuna na nossa literatura infantil, o livro é encantador. Aqui fica o meu agradecimento público às escritoras e à artista, assim como à IN, pelo seu empenho nesta obra, que vai deixar um registo indelével destas Comemorações.

2. Do meu prefácio (dirigido aos pais e educadores):
        Apesar de serem inerentes à própria dignidade humana, não nascemos ensinados em direitos humanos. Não basta sermos titulares dos direitos enunciados na Declaração Universal de Direitos Humanos (DUDH) e nas convenções internacionais que os protegem, bem como na Constituição da República Portuguesa (CRP) de 1976, para os conhecermos e percebermos a sua importância para as nossas vidas e para a garantia geral da liberdade, da justiça e da paz social. Daí a importância crucial da educação para os direitos humanos na sensibilização dos alunos e na criação de uma verdadeira cultura e prática social de direitos humanos.
     A própria DUDH declara no seu preâmbulo a importância do ensino e da educação para disseminar o conhecimento e fomentar o respeito dos direitos humanos. Há muita gente que hoje entende que a educação em direitos humanos é ela mesma um direito humano, a que devem ter acesso todas as crianças e jovens.