sexta-feira, 3 de maio de 2019

Eleições no horizonte (7): A roleta russa do PSD

Como é que é possível que, com todo o seu discurso de partido moderado, contrário ao despesismo do Estado e favorável ao equilíbrio orçamental, o PSD tenha caído na tentação de alinhar com a extrema-esquerda, que despreza todos esses valores, na aprovação de uma medida política e financeiramente insustentável, só para tentar dividir com esses partidos nas próximas eleições os despojos de uns milhares de votos de uma categoria profissional privilegiada?
E como é que é possível que Rio não tenha antecipado que a reação de Costa poderia mesmo ser a que foi, forte e firme (como aqui se tinha defendido já ontem), lançando sobre o PSD, com toda a credibilidade pública, o principal ónus da crise política, por ter querido ignorar que há alianças espúrias que comprometem a coerência política sem apelo nem agravo?
Não dá simplesmente para entender!

Adenda
Um leitor sugere que Rio só tem uma saída para a alhada em que se meteu: não impor disciplina de voto na votação final no plenário e deixar que uma parte dos deputados do PSD se abstenham e deixem chumbar a lei...