É sempre em alegada defesa dos respetivos serviços públicos que os seus funcionários declaram as suas greves, e que os partidos da oposição de esquerda as aplaudem, como agora sucede com a greve dos professores em suposta "defesa da escola pública", mesmo quando se trata de defender puramente os seus interesses profissionais (o que é legítimo), ou de defender óbvias causas políticas (o que é menos...)
O que tenho por evidente é que as greves gerais dos professores - pondo em causa o clássico "princípio da continuidade dos serviços públicos" - e a instabilidade que criam nas escolas e no aproveitamento escolar dos alunos, havendo milhares deles sem aulas, só prejudicam o ensino público, levando muitos pais, quando o possam fazer, a mudarem os filhos para o ensino privado (onde os professores não fazem greves, mesmo com condições menos favoráveis...). O ensino privado agradece a ajuda.
A tal "defesa da escola pública" torna-se, afinal, num poderoso argumento contra a escola pública...