É manifesto que a proposta do Bloco, de proibir a aquisição de habitação em Portugal por "não-residentes", incluindo outros cidadãos da União Europeia, não tem a mínima viabilidade política, por afrontar direitos fundamentais dos cidadãos europeus, a começar pelos próprios portugueses, como o de residir e adquirir casa e terras onde quiserem e o de fazer investimentos onde desejarem no território da União, direitos sobre os quais Portugal não fez nenhuma reserva no momento da adesão.
Com esta ideia politicamente oportunista, o Bloco não deixa de revelar, mais uma vez, a sua velha hostilidade política e ideológica à integração europeia, incluindo aos princípios constitucionais essenciais em que assenta a União.