sexta-feira, 25 de maio de 2007

Ota (16) - Opiniões e factos

O Público é naturalmente livre de tomar partido quanto à localização do novo aeroporto de Lisboa, como sucede no editorial de hoje. Mas invocar a favor da localização da margem Sul argumentos de facto comprovadamente contrários à realidade -- como o de que «qualquer das alternativas [incluindo, portanto o Poceirão e as Faias] fica mais perto de Lisboa do que a Ota» e que «qualquer das localizações [na margem Sul] está mais próxima dos milhões de pessoas que deveria servir do que a Ota, mesmo para quem mora em concelhos como Cascais, Sintra ou Oeiras» -- significa sacrificar os factos à opinião.
Ora, se a opinião é livre, os factos devem ser sagrados. E os factos são: (i) o Poceirão e as Faias não ficam mais perto de Lisboa do que a Ota, muito menos de Cascais, Sintra ou Oeiras, que distam muito menos da Ota (as distâncias podem ser calculadas no via Michelin); (ii) segundo as estatísticas de tráfego, cerca de 4 em cada 5 utentes continentais do aeroporto de Lisboa residem a Norte do Tejo, ou seja, mais perto da Ota.

Despeito

Quando um ex-líder de um partido diz do seu sucessor coisas como estas, não está apenas a usar de terrorismo verbal contra o adversário mas também a desqualificar o partido a que ainda pertence. Por que é que ele se mantém no PSD?
Não é preciso ser-se admirador de Mendes para não apreciar o despeito de Lopes. A vida partidária exige pelo menos algum lisura, senão de propósitos, pelo menos de métodos. Isto sem falar em solidariedade política...

Aditamento
Lopes retirou os qualificativos ofensivos. Subsiste o resto.

Correio da Causa (128): Insultos

«"Ser insultado é risco profissional de políticos" - concordo. Mas ser aviltado por gente sem qualidade? Mas ser enxovalhado por funcionários do "bota abaixo"? Mas ser denegrido por gente que não se olha ao espelho? Mas ser sistemático bombo de festa de espécies para quem a decência e sentido das responsabilidades não existe? Que análise ou comentário há no "Eixo do Mal"? Onde pára o Sindicato daqueles Jornalistas que abriram um serviço noticioso da televisão estatal com a cadela do Mourinho? Onde pára o mesmo Sindicato quando, no mesmo dia, cinco jornais dão cinco versões diferentes sobre a forma como o presidente do FCP terá festejado o título de campeão? Onde pára o senso de personalidades e de poderes quando reclamam publicamente saber o que está em sede de processo disciplinar, logo sigiloso? Onde a gente que pensa sem palas e diz sem suspeição ou acinte?!
A Democracia Portuguesa não estará a ser roída por uma liberdade noticiosa e opinativa que está mais interessada na crítica do que na verdade e no rigor? Quando é que a RTP 1, via Fátima Campos Ferreira, promove uns "Prós & Contras" que questione a boa fé e isenção de muita da notícia e da opinião que andam para aí? Quando é que o Sindicato dos Jornalistas promove debate sobre a comunicação social e a responsabilidade dos seus profissionais?»

Manuel T.

Comentário
Podem cometer-se evidentemente todas as malfeitorias abusando da liberdade de expressão e de opinião. Mas, salvo quando haja violação do direito ao bom nome e reputação de outrem (que está também constitucionalmente garantido), num Estado de direito democrático só há um meio de combater ideias e opiniões: com outras ideias e opiniões!

quinta-feira, 24 de maio de 2007

É distracção minha...

... ou o candidato do PSD à presidência da CM de Lisboa ainda não divulgou os demais candidatos da lista? Défice de pretendentes ou "fuga" da candidatura?

Um pouco mais de rigor, pf.

São inúmeras as confusões e imprecisões da imprensa quanto à reforma da função pública. Por exemplo, diz-se aqui que os "despedimentos chegam ao Estado", por via da aplicação do contrato de trabalho na Administração pública.
Ora, não há nenhuma novidade nisso. Hoje já é assim em relação aos trabalhadores contratados. As mudanças até são no sentido de melhorar a posição dos trabalhadores da administração pública em relação aos privados, pois em caso de perda do posto de trabalho não são imediatamente despedidos, mantendo-se em regime de mobilidade durante um ano e podendo ser recrutados para outro serviço. Também terão um regime de horário de trabalho e de férias mais favorável, igual ao que têm hoje os funcionários públicos.

Alívio

Fustigado por alguma borrasca na frente interna, o Governo bem precisava de boas notícias do exterior. Normalmente menos favorável nas suas previsões em relação às finanças e à economia nacionais, a OCDE vem alinhar com as projecções orçamentais de Lisboa.

Biocombustíveis na UE

Como já disse aqui, o Conselho Europeu de Março deste ano tomou decisões fundamentais para uma política energética europeia sustentável e para uma política ambiental ambiciosa.
Na luta contra as emissões de gases de estufa e contra as alterações climáticas, os biocombustíveis jogam um papel central. O papel da UE, como maior mercado e maior bloco económico do mundo, em incentivar o consumo e a produção sustentável de biocombustíveis, é decisivo. Este documento da WWF (World Wildlife Fund) explica bem como a União deve mobilizar o arsenal de políticas à sua disposição (os fundos de coesão, a política agrícola comum, acordos comerciais com países terceiros e política de desenvolvimento) para promover os biocombustíveis. Mas explica também a importância de garantir que a ânsia por biocombustíveis não leve à destruição ambiental e à exploração económica das populações nos países onde são produzidos. Vale a pena ler.

"Ao povo turco da parte dos seus amigos europeus"

Também assinei esta carta aberta dirigida ao povo turco - a favor de uma Turquia laica, livre da tutela militar, democrática e europeia.

Risco profissional

Ser insultado é um "risco profissional" dos políticos e dos árbitros. E não há seguro contra esse risco...

Tiro no pé

Mesmo que o tal funcionário tenha "mimoseado" o primeiro-ministro com uma expressão ofensiva, a questão é saber se o processo disciplinar não faz mais do que dar importância àquilo que não teria o mínimo eco nem a mínima relevância, se não saísse do espaço em que ocorreu.
Como se costuma dizer, um "tiro no pé". Nada pior do que o excesso de zelo dos fiéis servidores...

E se ele cedesse à tentação?

A revista norte-americana Time pergunta se Al Gore não pensará em candidatar-se de novo à presidências dos Estados Unidos. Os que, como eu, pensam que os Estados Unidos e o mundo estariam bem melhor com ele do que com Bush na Casa Branca só podem ser tentados a desejar que ele ceda à tentação...

Sem vergonha

A Ordem dos Médicos tem o despudor de condenar uma medida legislativa que só o descrédito dos atestados médicos e a complacência da Ordem relação a essa situação tornaram necessária, para moralização das baixas por doença.

Autopoiese mediática (2)

Será que os media vão dar à versão oficial da DREN sobre o caso do processo disciplinar contra um funcionário seu o mesmo relevo que deram à versão do interessado?

Autopoiese mediática

É evidente que o ministro Mário Lino poderia ter sido mais cuidadoso no modo de se exprimir, ao justificar a exclusão da localização do novo aeroporto de Lisboa na Margem Sul do Tejo. Mas é claro que, ao contrário do que aqui se afirma, ele não disse que "a Margem Sul é um deserto", mas sim que não faz sentido fazer um "aeroporto num deserto", querendo com isso referir que a localização que agora alguns defendem fica realmente na periferia desabitada da área metropolitana de Lisboa, longe do centro de gravidade da sua área de concentração populacional e da residência da esmagadora maioria dos utentes do aeroporto, que vivem a norte do Tejo.
O que é verdade!

quarta-feira, 23 de maio de 2007

Afinal quem é que é irrelevante?

Se eu tivesse que escolher o aspecto mais infecto da guerra psicológica anglo-americana que precedeu a invasão do Iraque em 2003, não tinha dificuldades em decidir: foi a chantagem contra as Nações Unidas, que foram postas perante duas hipóteses - ou o Conselho de Segurança dava o seu beneplácito à invasão, ou as Nações Unidas tornar-se-iam "irrelevantes". As mesmas Nações Unidas que nunca tinham existido se não fosse a sabedoria de sucessivos presidentes dos EUA (e Primeiros-Ministros britânicos). Irrelevantes.
Num tão famoso como infame discurso perante a Assembleia-geral das Nações Unidas a 12 de Setembro de 2002, o Presidente George Bush foi claro: "A conduta do regime iraquiano constitui uma ameaça para a autoridade das Nações Unidas e uma ameaça para a paz.... O mundo encontra-se perante um teste, e as Nações Unidas estão perante um momento difícil e decisivo. As resoluções do Conselho de Segurança são para ser honradas e aplicadas, ou postas de lado sem consequências? As Nações Unidas vão servir o propósito para o qual foram fundadas, ou tornar-se-ão irrelevantes?"
Em Novembro de 2003, num discurso em Londres, Bush - ainda embriagado com a (aparente) vitória fácil e desconhecendo a plenitude do desastre que já se anunciava no Iraque - continua as insinuações, explicando que a "credibilidade das Nações Unidas depende da sua vontade de ser fiel à própria palavra e de agir quando importa agir."
O Reino Unido não ficou atrás: nem no servilismo, nem na chantagem. Jack Straw, MNE britânico na altura, reiterou numa intervenção nos Comuns a 25 de Novembro de 2002 que "como o Presidente Bush disse na Assembleia Geral das NU no passado dia 12 de Setembro, as Nações Unidas ou aplicam as suas resoluções ou arriscam-se a tornar-se irrelevantes."
Agora, incapaz de sair do atoleiro onde meteu os EUA (e onde nos meteu a todos), Bush, consciente de que a tentativa de resolver os problemas do Iraque com mais e mais e mais tropas não vai ter sucesso, prepara-se para pedir ajuda. A quem? Às Nações Unidas.
Parece que os EUA querem envolver mais as NU na normalização democrática do Iraque, no acompanhamento da implementação das políticas sectoriais dos ministérios iraquianos, na ajuda humanitária, no desarmamento e na reintegração das milícias e, acima de tudo, na manutenção da paz. Talvez uma missão de capacetes azuis integrada por contingentes de países muçulmanos, como tantas vezes eu aqui advoguei.
Nada mau para uma organização que esteve na iminência de se tornar "irrelevante"!
A invasão do Iraque e as suas consequências não só reafirmaram categoricamente o papel decisivo das Nações Unidas em travar - deslegitimando - os ímpetos mais perigosos das super-potências, como demonstraram que "as Nações Unidas" só funcionam se - e quando - os seus membros (especialmente os P-5) deixam.
Quanto ao envolvimento das Nações Unidas no Iraque, e à necessidade de internacionalizar a abordagem ao país, não parece haver outra alternativa. É preciso ajudar os EUA a sair do Iraque. É que Bush, Blair e Straw entretanto tornaram-se... irrelevantes.

Correio da Causa (127): Críticas

«(...) Deve ser uma das pessoas mais criticadas na blogosfera, e no entanto nunca o vejo responder às críticas que lhe fazem. Verifico que segue a mesma atitude nos jornais. Porque é que não responde, mesmo quando parece óbvio que tem razão? Por sobranceria? (...)»
Joaquim F.

Nota
É verdade que, em geral, não respondo às críticas que me são dirigidas. Mas não é por "sobranceria". Primeiro, não me dou conta a tempo de boa parte dessas críticas, pois normalmente não tenho tempo para acompanhar com regularidade mais do que um número selecto de blogues. Segundo, por vezes não se trata de críticas às minhas opiniões ou ideias, mas sim de ataques pessoais, que não merecem resposta. Terceiro, penso que entre nós as polémicas facilmente descambam em disputas verbais mais ou menos azedas ou, mesmo, agressivas. Por último, e sobretudo, confio que os leitores sabem fazer o seu próprio juízo sobre o que escrevo, sem a necessidade da minha réplica às críticas que me fazem.
De resto, se a crítica é livre, também existe a liberdade de resposta, ou não.

terça-feira, 22 de maio de 2007

Velhos militantes antifascistas

Conhecemo-nos ainda no final dos anos 60 nas lutas oposicionistas e na redacção da revista Vértice. Desde cedo divergimos em matéria política e ideológica. Mas nunca perdi admiração pelo seu carácter e pela sua dedicação às convicções a que permaneceu fiel até ao fim.
Somos sempre devedores da dignidade das pessoas com quem convivemos ao longo da vida.

Não há volta a dar

Está-lhe na massa do sangue. A Fenprof está sempre contra qualquer prova escolar que possa ser interpretada como avaliação das escolas e dos professores e que possa servir de indicador para a melhoria do desempenho de umas e de outros.
Depois, dizem que querem "defender a escola pública"!...

Obrigações de serviço público

A liberalização e privatização dos antigos serviços públicos prestacionais, como as telecomunicações, não significa a eliminação de "obrigações de serviço público", incluindo o "serviço universal" (acessibilidade de toda a gente ao serviço a preços regulados) e as tarifas sociais, para as pessoas com menores rendimentos.
Assim se concilia a abertura ao mercado com os serviços públicos. Ponto é que a empresa encarregada das "obrigações de serviço público" seja compensada pelos encargos adicionais que tais obrigações lhe fazem incorrer (desde que eles não sejam compensados indirectamente pelas vantagens decorrentes da própria prestação do serviço público), de modo a não ser prejudicada na sua concorrência com as demais, que não têm encargos de serviço público.

Irresponsabilidade social

«Das baixas [por doença] investigadas até Abril, 31% eram fraudulentas.»
A irresponsabilidade social não consiste somente na facilidade com que tanta gente procura desfrutar de férias pagas adicionais (ou de um biscate paralelo), à custa da segurança social, mas também na complacência com que a sociedade em geral encara o "estar de baixa" sem motivo e com que os médicos banalizam atestados por falsa doença.

segunda-feira, 21 de maio de 2007

Entrevista televisiva online

Já está disponível aqui a entrevista televisiva gravada na semana passada, em que participei com Graham Watson (líder do Grupo Liberal no Parlamento Europeu), Charles Tannock (Conservador britânico) e Nigel Farage (líder do Grupo Independência/Democracia no PE). Falou-se das relações UE/Síria, Sarkozy e emprego.

Invencionices

Uma invenção repetida pode tornar-se verdadeira? Uma das peças da invencionice da alegada "claustrofobia democrática" refere-se a um suposto "crescente controlo governamental dos órgãos de comunicação social", como repetia na semana passada J. Pacheco Pereira.
Mas existe algum indício disso? Não é evidente que poucas vezes a RTP e a RDP terão sido tão pouco controlados pelo Governo como são hoje? E não é verdade que o que se nota de forma cada vez mais notória é o crescente controlo do poder económico sobre os media privados, cuja hostilidade contra o Governo se tem acentuado?

domingo, 20 de maio de 2007

Zelo

Há-os sempre, os zelosos guardiões do poder, excedendo-se na punição dos que se excedam no desrespeito ao poder. Não se dão conta, os zelosos, que no seu excesso só desajudam quem julgam proteger.

Versatilidade

Há quem tenha passado uma vida em cargos politico-partidários e, depois, nas vésperas de umas eleições, apareça subitamente desfiliado e despartidarizado, pronto a protagonizar candidaturas independentes e com o necessário discurso antipartidário qb, a condizer.
É o que se chama versatilidade.

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Apresentar contas

E que tal o PS seguir o exemplo de António Costa e pedir a Saldanha Sanches que, logo depois da campanha para Lisboa, deite um olho às contas da campanha eleitoral de 2005 pelos círculos Europa e fora da Europa, incluindo o Brasil?
É que convirá reconstitui-las para garantir que o PS, o partido no Governo, corrige as "irregularidades" e "ilegalidades" que o Tribunal Constitucional detectou e de que notificou o Ministério Público, segundo a imprensa.
Exactamente as contas que o criativo José Lello disse que não era preciso apresentar porque não existiriam regras e "se existissem regras seriam impossíveis de cumprir" (PÚBLICO de 12.5.2007).
Exactamente as continhas que o socialista Jorge Galamba, vogal da ECFP - Entidade das Contas e Financiamentos Políticos esclareceu que era mesmo preciso o PS apresentar, como manda a lei.
Ou a lei não é para cumprir pelo PS, o partido no Governo?

Eusébio


Eu cá não vou em futebóis. Mas não consegui descolar da entrevista de Judite de Sousa ao Eusébio. Uma ternura!
Ele é autêntico. Sério. E continua digno, fiel aos seus valores, aos seus príncipios, à sua cor, ao seu Benfica.
O que é raro nos dias que correm. No futebol, na política, na vida.
Ele é mesmo o maior!
Obrigada, grande Eusébio!

Inspeccionando...

Confesso que não tenho tempo, nem pachorra, para trocar por miúdos a exposição jurídica constante do parecer consultivo da PGR prestado ao Ministro da Educação.
E tenho a sensação de que, mesmo que trocasse, me escapariam as acções e motivações por detrás das voltas e reviravoltas legislativas que determinaram aquele parecer da PGR.
De uma superficial leitura conclui que, em 23 Outubro de 1995, o governo de Cavaco Silva publicou o Decreto-Lei nº 271/95, aprovando uma Lei-Orgânica da Inspecção-Geral de Educação.
Menos de três meses depois, a 4 de Janeiro de 1996, o novo governo de António Guterres suspendeu o referido Decreto-Lei, através de outro Decreto-Lei, o 2/96. Com a confessada intenção de permitir "uma mais aprofundada reflexão com vista a avaliar o seu impacte no sistema educativo, ao encontro aliás das preocupações manifestadas pelas organizações representativas dos trabalhadores".
Três meses mais tarde, em 20 de Junho de 1996, depois de discussões e pareceres na AR, foi publicada a Lei 18/96, que repõe em vigor o DL 271/95, mas com alterações.
Alguém faz o favor de explicar:
- O que foi alterado de substantivo em resultado da suspensão e revisão do DL 271/95?
- E que consequências práticas implicou essa alteração subtantiva para o pessoal integrado na carreira da inspecção superior da educação?
António Braga, actual Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas - que hoje mexe com consulados e carreira consular com o discernimento que a nomeação do Cônsul Honorário em Cabo Frio demonstra - poderia decerto explicar: ele poderá ter sido interessado/afectado pelas referidas alterações legislativas, pois é Inspector Superior da Inspecção Geral da Educação, segundo o cv publicado no portal do MNE. E como Deputado e membro da Comissão de Educação, Ciência e Cultura esteve até directamente envolvido neste processo, inclusive na redação do parecer final da CEEC ( vd D.A.R., II Série-B, nº 19, de 20 de Abril de 1966, subscrito, com data de 29 de Março de 1996, pelo Deputado António Braga, em substituição do Deputado Presidente da CECC).
Mas duvido que António Braga me queira explicar.
Alguém me ajuda a perceber o que esteve por detrás?

UE - Penalizar empregadores de trabalhadores ilegais

Boa, Franco Frattini!.
Ainda não conheço detalhes do plano, mas à partida aplaudo a iniciativa do Comissário Europeu de propôr mais forte penalização dos empregadores que contratarem trabalhadores em situação ilegal.
Trata-se de medida relevante para combater os fluxos de emigração ilegal que tantas tragédias implicam, das «bateras» no Atlântico aos camiões de carga vindos do Leste. Mas também para travar a miserável exploração a que ficam condenados muitos dos migrantes que conseguem chegar à Europa. É ainda útil para impedir concorrência desleal entre empresas e o trabalho clandestino que pressiona em baixa os salários dos trabalhadores legalmente contratados.
São medidas destas que aproximam os cidadãos da UE.

Transparência de contas

"Vintage" Costa: sem encostar por um minuto, brinda-nos com dois mandatários de peso, credíveis, abrangentes: José Miguel Júdice e José Luís Saldanha Sanches.
O último, para controlar e assegurar transparência nas contas da campanha eleitoral. Como o ouvi esta noite dizer na SIC-Notícias, para provar aos portugueses que "Não estamos condenados à corrupção! Não estamos condenados aos dinheiros sujos na política!"

ReMModelação com M grande, dobrado e a "bold"

A mini-remodelação governamental determinada pela saída de António Costa traz pelo menos uma boa notícia: sentada à mesa do Executivo vamos ter mais uma mulher. Uma que já desde o início lá deveria estar sentada.
E não é qualquer uma: é incontestavel e insuperavelmente competente, com provas dadas nas reformas mais emblemáticas, práticas e sentidas deste Governo - o que é "na hora" é dela.
Igualmente fundamental é que é de M grande, dobrado e a "bold". De Maria Manuel. E de mulher governante para quem também importa fazer diferença pelas mulheres e pelo que interessa às mulheres. Porque só assim se constrói democracia em Portugal.