Sobre o tema do sentimento antiparlamentar do PCP ver a nota de João Tunes em retrospectiva histórica no Bota Acima:
« (...) Mas, na concepção marxista-leninista, a Solução não passa por aí [pelo Parlamento]. Sabe-se onde está: na classe operária, nas Comissões de Trabalhadores, nos Sindicatos, nas greves, nas manifestações, na revolta, em todas as revoltas, que crescerão até chegarem à Revolução. A intervenção parlamentar é, apenas, uma “frente”, uma frente visível mas transitória e precária. A base de fé é sempre “isto não vai lá com votos”, mas e apenas até lá, quantos mais votos melhor. O brilho, quando excessivo, do trabalho parlamentar dos deputados comunistas sempre foi olhado internamente com desconfiança. (...)»