As notícias nem sempre nos colocam na cauda da Europa. Por vezes estamos mesmo na frente do pelotão. É o que acontece com a percentagem de mulheres doutoradas (apenas ultrapassados pela Itália), de acordo com a informação hoje publicada no Jornal de Negócios. Nada mau, considerando os números tão pouco animadores de 1974 e a exigência relativa das provas de doutoramento no sistema universitário português.
Parabéns a todas, muito em especial aquelas que concluíram tese ao mesmo tempo que amamentaram filhos, alimentaram a casa e a mantiveram organizada. E ainda às que arrastaram tudo isto por Universidades estrangeiras. Não foi o meu caso, devo dizê-lo, que fui privilegiada no sossego e no auxílio. Mas oriento situações desse género e tenho ouvido na minha Faculdade algumas histórias bem piores. Esperemos que também tenham um final feliz!
PS - Existem, eu sei que existem, mulheres que são dispensadas pela pessoa com quem vivem de todos os trabalhos domésticos para terminarem as suas teses. Que são, nesse período, protegidas do barulho, dos incómodos, do telefone, de ir buscar as crianças, de ir fazer compras ao supermercado, de tratar dos impostos, etc., etc., mas convenhamos que não são, por ora, a maioria!