Há quem queira ver no arremedo de eleições na Arábia Saudita o começo da democracia na mais reaccionária das oligarquias petrolíferas do mundo árabe (com a qual Bush, o campeão da liberdade no mundo, nutre uma dilecta familiaridade...). Prouvera que sim! Mas, para já, foram só eleições autárquicas, sem partidos políticos, sem liberdade de expressão e... sem participação feminina, estando as mulheres privadas do direito de voto, como em vários outros Países árabes.
Eleições não significam só por si democracia. No Portugal do Estado Novo até havia várias "eleições" (entre elas as das juntas de freguesia, por sinal também reservadas -- curiosa coincidência -- aos homens, ou seja, aos "chefes de família").
Pelos vistos, depois do Iraque a noção de democracia anda cada vez menos exigente.