«Mas se estamos todos de acordo quanto à necessidade de mudar, o que impede as reformas em Portugal? Simples: as reformas trazem custos e benefícios e mesmo que os benefícios sejam superiores aos custos, estes tendem a ser concentrados e facilmente perceptíveis pelos seus destinatários, enquanto os benefícios são difusos e dilatados no tempo. Enquanto os custos têm frequentemente uma "identidade" que mobiliza quem os sofre, os benefícios das reformas são anónimos (ou pela sua projecção no futuro ou porque não se sabe quem os virá a merecer?). Logo, as reformas mobilizam muito mais facilmente contestação do que apoios.»
Miguel Poiares Maduro, DN, 2 de Fevereiro.