quarta-feira, 11 de maio de 2005

O saque do património público

Há uns anos, uma administração da Companhia das Lezírias (CL) associou-se com um banco numa parceria agro-turística, entrando com terrenos seus como parte no capital social da nova empresa. Posteriormente, houve um aumento de capital da empresa mista, que a CL não acompanhou, preferindo ceder a sua parte, ou seja, privatizando furtivamente esse património.
Uma inspecção da Inspecção-Geral de Finanças concluiu que nessa transacção foi lesado o interesse público. O negócio não foi anulado nem foram pedidas responsabilidades a ninguém. Entretanto, a dita empresa projectou um grande empreendimento imobiliário para os antigos terrenos da CL, que esta tinha alienado por tuta e meia. Apesar de o projecto implicar o abate maciço de sobreiros, espécie protegida, o Ministro da Agricultura, que tutela tanto a CL como as florestas, validou o negócio. Foi no Governo passado, já demitido e em vésperas de eleições.
Edificante!